segunda-feira, 25 de março de 2013

O Ozonio, as Amputações e a Diabete. Os numeros colocados pelo Dr. Glaucus são assustadores. A utilização do ozonio reduziria em 80% dos casos de amputações de pé diabético por gangrena, além de se ter a perspectiva de reduzir em até 30% o custo do SUS no tratamento de diversas patologias.

Em entrevista , Dr. Glacus de Souza Brito, coordenador do Projeto de Pesquisas com Ozônio na USP, falou dos benefícios do uso do ozônio, cuja experiência internacional tem demonstrado sua eficácia, em tratamentos que vão desde enxaqueca, acne, feridas crônicas, hérnia de disco até a redução de 80% dos casos de amputaçõe de pé diabético por gangrena, além de se ter a perspectiva de reduzir em até 30% o custo do SUS no tratamento de diversas patologias.

De acordo com pesquisas internacionais, a ozonioterapia poderia reduzir em até 80% a taxa de amputação de membros de pacientes com gangrena diabética e diminuir até 25% os custos no tratamento de feridas crônicas, infecções, inflamações e da dor, uma vez que nos países onde o tratamento é regulamentado houve redução de 27% no consumo total de antibióticos e de 22% no consumo de analgésicos. Mas porque então não regulamentar o tratamento? O CFM (Conselho Federal de Medicina) e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) argumentam que o método que usa ozônio para o tratamento de doenças, chamado ozonioterapia, não tem amparo científico e, portanto, não pode ser regulamentado.

O primeiro registro da utilização do ozônio para fins terapêutico foi em 1885, seguindo-se outro caso em 1892, em que o ozônio foi utilizado para o tratamento de tuberculose. Em 1902, foi registrado o seu uso no tratamento de surdez crônica. O ozônio foi tornando-se cada vez mais popular e foi amplamente utilizado durante a I Guerra Mundial depois de verificadas as suas propriedades anti-inflamatórias e anti-infecciosas após a aplicação nas feridas infectadas e gangrena dos soldados. Segundo Dr. Glacus, os Estados Unidos usou o tratamento com ozônio com muito sucesso, de 1885 até 1932, mas em 1933 a AMA (American Medical Association) proibiu o uso do ozônio alegando que não pode haver terapia que venha competir com os medicamentos da indústria farmacêutica, e o médico que praticasse tinha sua licença cassada.

Atualmente, a ozonioterapia já foi regulamentada em vários países como Rússia, Cuba, Alemanha, berço da ozonioterapia e onde mais de 20 mil médicos praticam a técnica, e Itália. Nos Estados Unidos, 15 Estados conseguiram liberar o uso do ozônio na medicina por meio de leis estaduais, que garantem ao cidadão o direito de utilizar a terapia que lhe convém, mas é preciso que o médico seja credenciado e que ambos, médico e paciente, assinem um termo de responsabilidade sobre as implicações do tratamento. Ao longo de 2009 e 2010, o grupo de pesquisadores da USP, coordenado pelo Dr. Glacus, testou o uso do ozônio para inativar dez tipos de bactérias, entre elas a KPC, uma das mais resistentes e que tem levado muitos pacientes à morte. 
Segundo Dr. Glacus, bastaram 5 minutos de exposição ao jato de ozônio para os agentes infecciosos fossem inativados. O mecanismo de ação é que o ozônio destrói as paredes dos microorganismos. Internacionalmente, relata-se que entre as doenças combatidas pela ozonioterapia estão a asma, artrite, arteriosclerose, diversas doenças dermatológicas como acne, micoses, eczema e psoríase, tratamento de feridas infectadas e doenças causadas por vírus, como herpes e hepatites crônicas virais, além de combater a celulite e a gordura localizada e ser eficaz no tratamento antienvelhecimento.
São vários os métodos de aplicação da ozonioterapia: hidrozonioterapia, que consiste em diluir o ozônio em água e aplicar na zona do corpo a ser tratada ou ainda ingerir a mistura; vapor, em que o ozônio é aplicado no corpo através de vaporizações, saunas; óleos ozonizados, óleos embebidos em ozônio são aplicados com movimentos de massagem na zonado corpo a ser tratada, ou na cobertura de feridas ; injeção subcutânea, em que o ozônio é injetado na zona subcutânea da pele e auto-hemotransfusão, no qual se retira certo volume de sangue e depois acrescenta-se ozônio ao sangue e depois reintroduzir esta mistura no organismo, pela mesma veia em que se coletou. No Protocolo de Pesquisa desenvolvido no Hospital das Clínicas, para o tratamento do pé diabético, será utilizada a lavagem dos ferimentos com água ou soro fisiológico ozonizado e nebulização da ferida dentro de sacos plásticos por uma hora. Este procedimento pode ser realizado, por exemplo, à beira do leito do paciente, em serviços ambulatoriais de tratamentos de feridas ou até mesmo na residência do paciente. Dr. Glacus é médico pesquisador do Departamento de Imunologia Clínica e Alergia do Hospital das Clínicas da USP, consultor da Organização Mundial de Saúde e Coordenador do Projeto de Pesquisas com Ozônio na USP. Incansável batalhador pela regulamentação da ozonioterapia no Brasil, ele finalizou a entrevista dizendo à nossa reportagem: “Eu não vim para este mundo para ser um mero prescritor, para alimentar a ganância de lucros da indústria farmacêutica, mas sim para procurar os meios para uma efetiva cura dos pacientes”. 
 http://www.youtube.com/watch?v=uULJ_Blql-o




Nenhum comentário:

Postar um comentário