segunda-feira, 29 de abril de 2013

Avaliação do óleo de girassol ozonizado na cicatrização de pele em ratos


POS-G

PPGCA05

Avaliação do óleo de girassol ozonizado na cicatrização de pele em ratos

Marina Figueiredo 1
Claudia Turra Pimpão 2
Amanda Anater 3
Camila Demarco Maito 4
Deivid Roni Ribeiro 5
Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal - Escola de Ciências Agrárias e Medicina Veterinária

Introdução: A pele tem uma importância econômica significativa na prática veterinária pelo grande número de casos apresentados para avaliação clínica sendo que cada cinco atendimentos um se refere à doença de pele. Apesar dos grandes avanços verificados nas últimas décadas não só na compreensão acerca dos diversos fatores e fenômenos envolvidos com o processo de reparação tissular, mas simultaneamente com a crescente pesquisa e a descoberta de novos recursos e tecnologias para nele intervir, muito há de ser descoberto. Objetivos: Avaliar o poder cicatrizante do óleo de girassol ozonizado em lesão de pele em ratos através de aspectos macroscópicos e verificar a microbiota das lesões de pele. Método: Foram utilizadas 60 ratas Wistar, provenientes do biotério da PUCPR. Os animais foram alojados em gaiolas individuais, com fornecimento de água “ad libtum” e ração controlada. Climatização de 21°C e fotoperíodo 12/12h. Foi retirado um fragmento de pele (2x1cm) de superfície no dorso dos animais. Após os animais foram divididos aleatoriamente em 3 grupos (n=20): GI – a lesão foi limpa diariamente com NaCl 0,9%; GII – limpeza diária com NaCl 0,9% e aplicação de óleo de girassol; GIII – limpeza diária com NaCl 0,9% e aplicação de óleo de girassol ozonizado. Diariamente as lesões foram avaliadas com relação à dor e a cicatrização. Foram coletados amostras por swab das lesões (5 animais de cada grupo) nos dias +1; +4 e +7 de tratamento. Resultados: Na avaliação dos parâmetros relacionados à dor, não foram constatadas diferenças significativas (p>0,05) entre os grupos. A avaliação macroscópica mostrou uma melhor evolução do processo cicatricial nos animais do GIII (p<0,05) em relação ao GI e GII, nas primeiras duas semanas de tratamento. A partir do 15º dia, a área das lesões se equipara nos três grupos. Em 80 colônias analisadas proveniente de 45 amostras coletadas, 75% foram Staphylococcus aureus, 18,75% Staphylococcus intermedius e 6,25% Staphylococcus sp (coagulase negativa). Não houve diferença significativa (p>0,05) entre os grupos testados no +1, porém do dia +4 o número de colônias isoladas no grupo ozônio foi significativamente (p<0,05) menor do que nos grupos controle e girassol, mostrando que o ozônio tem poder bactericida. No entanto no dia +7 houve diferença significativamente (p<0,05) menor no número de colônias isoladas nos grupos controle e ozônio em relação ao grupo girassol. Conclusão: De acordo com os resultados obtidos conclui-se que os animais tratados com óleo de girassol ozonizado obtiveram uma boa e rápida cicatrização, porém ocorreu uma intensa reação inflamatória nos primeiros dias de tratamento, provavelmente devido ao pH ácido do óleo ozonizado. Pode-se considerar também que o óleo de girassol ozonizado tem poder bactericida.

Palavras-chave: Cicatrização. Óleo de Girassol. Ozônio.

Evaluation of ozonized sunflower oil on rats skin healing


Introduction: The skin has a significant economic importance in veterinary practice by the large number of cases being submitted for clinical evaluation, being that in every five calls one refers to skin disease. Despite major advances seen in recent decades not only in understanding the various factors and phenomena involved in the process of tissue repair, but simultaneously with the growing research and discovery of new resources and technologies to intervene in it, there is much to be discovered. Objectives: To evaluate the healing power of ozonized sunflower oil in skin lesions in rats through macroscopic aspect and check the microbiota of skin lesions. Method: It was used 60 Wistar rats from PUCPR vivarium. The animals were housed in individual cages with water supply "ad libtum" and controlled diet. Acclimatization of 21°C and photoperiod 12/12h. A piece of skin (2x1cm) was removed from the back of the animals. After the animals were randomly divided into 3 groups (n = 20): GI - the injury was daily cleaned with NaCl 0.9%, GII - daily cleaned with NaCl 0.9% and application of sunflower oil; GIII - daily cleaned with NaCl 0.9% and application of ozonized sunflower oil. The lesions were daily evaluated in relation to pain and healing. Swab samples were collected by lesions (five animals per group) on days +1, +4 and +7 of treatment. Results: In the evaluation related to pain, there were no significant differences (p>0.05) between groups. The macroscopic evaluation showed a better evolution of healing in the animals of GIII (p <0.05) compared to GI and GII on the first two weeks of treatment. From the 15th day, the area of injury was similar in the three groups. In 80 analyzed colonies from 45 samples collected, 75% were Staphylococcus aureus, Staphylococcus intermedius 18.75% and 6.25% Staphylococcus sp (negative coagulase). There were no significant differences (p>0.05) between groups tested on day +1, but the number of isolated colonies in ozone group on day +4 was significantly (p<0.05) lower than in the control groups and sunflower, showing that ozone has bactericidal power. On day +7, the difference was significantly (p<0.05) lower in the number of isolated colonies in the control groups and ozone over the sunflower group. Conclusion: According to the results it is concluded that animals treated with ozonized sunflower oil obtained a good and rapid healing, but there was an intense inflammatory reaction in the early days of treatment, probably due to the acidic pH of the ozonated oil. It could also be considered that the ozonized sunflower oil has bactericidal power.

Keywords: Healing. Sunflower Oil. Ozone.

1 Mestranda
2 Orientador
3 Colaborador
4 Colaborador
5 Colaborador