Óleo ozonizado
Diversos estudos relatam o uso de diferentes tipos de
óleos ozonizados no processo de cicatrização.
Estudos realizados na Itália e em Cuba demonstraram
importante atividade antimicrobiana do óleo ozonizado, possivelmente pela sua
ação tóxica sobre proteínas de membranas das bactérias, embora sem relatos de
toxicidade generalizada sobre as células do tecido humano. Micobacterias,
Estafilococus, Enterococus, Pseudomonas e E. coli mostraram-se sensíveis ao
óleo ozonizado.
Foram analisados e comparados os óleos de girassol e de oliva ozonizados em um estudo espanhol. Ambos têm composições diferentes de
ácidos graxos; o primeiro é rico em ácido linoléico (48-74%) e oléico (14-39%),
o segundo apresenta maior proporção de ácido oléico (65-85%). O ozônio reage
basicamente com as ligações duplas de carbono presentes nos ácidos graxos
insaturados. O óleo de girassol possui mais ácidos graxos insaturados que o
óleo de oliva, ou seja, este último tem menos ligações duplas de carbono para reagir
com o ozônio.
Esta reação produz compostos oxigenados, como hidroperóxidos,
aldeídos, peróxidos, diperóxidos e poliperóxidos, que são os responsáveis pela
atividade biológica dos óleos vegetais ozonizados. A gama de compostos oxigenados
gerados na reação do ozônio com os óleos depende das condições no momento da
mistura, como da temperatura, da agitação da reação da mistura, da dose de
ozônio utilizada, etc.
Universidade de São Paulo Escola de Enfermagem
Revisão sistemática de literatura sobre o uso terapêutico
do ozônio em feridas
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