Textos do original:
Propostas Terapêuticas Alternativas
Dr. Paulo Maciel
Com o
desenvolvimento da pesquisa básica e, especialmente, a partir do conhecimento
dos efeitos do ozônio no sistema imunológico e sistemas de oxidação e
antioxidação celulares no metabolismo de hemoglobinas, a ozonioterapia passou
de uma fase empírica de observação de seus resultados clínicos, cuja informação
científica foi baseada em formatos de casuística, para uma formatação
científica de melhor reconhecimento.
Diferente de
outros produtos farmacêuticos o ozônio necessita ser preparado próximo ao local
de sua utilização por seu limite de estabilidade, ou seja, ele volta a ser
oxigênio em curto espaço de tempo.
O que o ozônio faz:
Desativa
vírus, bactérias, fermentação, fungos e protozoários. Estimula o sistema
imunológico. Limpa artérias e veias, melhora a circulação. Purifica o sangue e
linfa. Normaliza a produção de hormônios e enzimas. Reduz inflamações. Reduz a
dor, acalma os nervos. Para sangramentos. Previne o perigo de derrame. Melhora
a função do cérebro e memória. Oxida toxinas, possibilitando sua excreção.
Quelação de metais pesados, trabalha bem em conjunção com EDTA. Previne e
reverte doenças degenerativas. Previne e elimina doenças do sistema
imunológico. Diminui reações alérgicas.
O Ozônio pode
ser usado inclusive a nível hospitalar e mesmo a nível de UTI nos pacientes que
fazem infecções generalizadas (sepsis) porque não existe resistência tanto
bacteriana quanto viral ao ozônio, já que ele reage oxidando a membrana celular
ou a cápsula viral, induzindo assim à morte do agente patogênico. Pode,
portanto, ser de grande valia nos casos graves, não possuindo nenhum efeito
colateral remanescente.
Ozonioterapia: um “novo” tratamento, com uma longa
tradição
O ozônio (O3)
é um gás que se forma pela adição de um terceiro átomo à molécula de oxigênio,
o que o torna muito mais ativo do ponto de vista bioxidativo em sua função
biológica.
Essa forma
alotrópica do oxigênio aparece em sua concentração máxima na região atmosférica
localizada a cerca de 25 mil quilômetros da Terra, sendo a principal
responsável pela formação da barreira que impede a entrada dos raios
ultravioleta provenientes do Sol. Sem essa camada de ozônio existente na
estratosfera não seria possível haver vida na Terra.
Na natureza,
o ozônio pode ser gerado espontaneamente em tempestades com raios e também em
fumaças em que estão presentes várias substâncias (especialmente compostos
nitrogenados) que, sob a ação da luz ultravioleta, reagem com o oxigênio,
propiciando sua formação. Como conseqüência dessas reações, o ozônio pode estar
presente entre os gases poluentes. Entretanto, ele não é um gás poluente, como
muitos erroneamente pensam. Mas, por ser de fácil mensuração, é considerado um
indicador de poluição.
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Defesa imunológica
Embora o
ozônio inalado seja agressivo para as vias aéreas superiores e os alvéolos
pulmonares humanos, existem outras formas de se administrá-lo, as quais, ao
longo de mais de um século de utilização, têm comprovadamente demonstrado um
alto valor terapêutico.
Pesquisas
recentes mostraram que o ozônio é naturalmente produzido no corpo humano a
partir da ativação de anticorpos, atuando no processo de destruição de
bactérias e vírus e, assim, contribuindo para o funcionamento do sistema de
defesa imunológica do organismo.
Um tema que
ficou famoso no Brasil recentemente foi a questão da “Auto-hemoterapia” e que
após aparecer no Fantástico foi proibida em todo o Brasil, continua sendo
válida para pessoas que começam a sentir os primeiros sintomas da gripe, em
especial junto com a ozonioterapia (minor). Esta técnica aumenta o número
leucócitos em até 4 vezes, melhorando em muito a imunidade da pessoa e muitas
vezes cortando completamente a evolução natural da doença.
Histórico
Em 1801,
Cruikschank descreveu o surgimento de um gás desconhecido durante o processo de
eletrólise. Mas, só se pode considerar o gás ozônio como efetivamente descoberto
em 1839, com a elaboração do trabalho de Schönbein, intitulado ”On the smell at
the positive electrode during eletrolysis of water”.
Em 1857,
Werner von Siemens desenvolveu o primeiro aparelho gerador de ozônio, com o
qual realizou seus estudos iniciais sobre a ação desse composto em bactérias e
germes e, posteriormente, em mucosas de animais e humanos. Cerca de 100 anos
depois, Hänsler criou o primeiro equipamento médico que permitia a obtenção de
dosagens relativamente precisas da mistura de oxigênio e ozônio, abrindo um
grande leque para sua aplicação terapêutica.
Durante a I
Guerra Mundial, soldados alemães feridos foram tratados com a utilização de
ozônio.
Na década de
60, ele começou a ser usado no processo de tratamento de água, para a eliminação
de fungos, bactérias e vírus, tornando-se o mais importante agente de limpeza e
desinfecção. Esse processo passou a ser aplicado em grandes cidades, como
Moscou, Montreal, Los Angeles, Cingapura, Helsinque, Bruxelas e em mais de 700
locais da França.
Sociedades:
Como o ozônio
é um gás altamente reagente, o seu uso médico só pode ter um grande avanço após
a descoberta de materiais que são resistentes a ele, tais como o silicone,
kynar, teflon e outros.
Hoje, vários
países da Europa, Ásia e Américas utilizam a ozonioterapia como tratamento
médico e odontológico. Entre eles, pode-se citar a Rússia, México, Itália,
Malásia, Alemanha, Japão, Espanha, Suíça, Chile, Peru, Argentina, Equador e
alguns centros do Canadá e Estados Unidos. Cuba é um dos grandes países
responsáveis pelo desenvolvimento e divulgação da ozonioterapia médica.
Existem várias sociedades de ozonioterapia médica,
entre as quais se pode citar:
German Society of Ozonotherapy (1972)
Italian Society of Ozonetherapy – FIO (1984)
International
Ozone Medical Society (1999)
Associação de
Ozonioterapia Médica do Brasil (2004).
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Formas de utilização
Atualmente, a
mistura de oxigênio e ozônio (95 partes de O2 para 5 de O3 até 99,5 de O2 para
0,5 de O3) é formada por inúmeros aparelhos geradores de ozônio produzidos em
todo o mundo para uso médico e odontológico.
Esse gás pode
ser utilizado sob diferentes formas:
Tópica – água
ozonizada ou óleo ozonizado ou mesmo o gás diretamente aplicado sob o local
desejado em forma de “bagging”
Injetável –
subcutâneo, intramuscular ou ainda intra-articular
Auto-hemoterapia
– maior e menor.
Inicialmente,
a utilização da ozonioterapia baseava-se em observações empíricas dos
resultados clínicos obtidos. Hoje, o seu uso é reconhecido cientificamente,
devido aos trabalhos publicados em pesquisa básica sobre os seus efeitos no
sistema imunológico e no sistema de oxidação e antioxidação celular da
hemoglobina.
Sua ação
viricida, bactericida e fungicida tem sido amplamente estudada, não só in vitro
como in vivo.
Atualmente, a
ozonioterapia constitui-se num importante arsenal terapêutico que pode ser
aplicado em todas as especialidades da medicina, incluindo a odontologia. [9]
No Brasil
existe uma entidade que estuda e regulamenta o uso do ozônio, inclusive dando
formação sobre o seu uso para profissionais de saúde, a ABOZ (Associação
Brasileira de Ozonioterapia)
A prática da
Ozonioterapia no Brasil não é nova. Começou em 1975 e na década de 1980, ganhou
mais adeptos e atraiu o interesse de algumas universidades. De 2000 para cá, os
estudos ganharam corpo. Há seis anos, a PUC de Minas Gerais pesquisa a técnica
em ratos. Da mesma época vêm os estudos na Santa Casa de Misericórdia, de São
Paulo, com ratos e coelhos.
A terapia
ganhou mais visibilidade de 2004 para cá, quando Santo André, no ABC Paulista,
sediou a Primeira Conferência Internacional sobre Uso Medicinal do Ozônio. Em
abril de 2006, em Belo Horizonte, especialistas de vários países realizaram o
primeiro congresso internacional de Ozonioterapia. Além de atualizar
informações, os médicos brasileiros aproveitaram para lançar as bases da
Associação Brasileira de Ozonioterapia (ABOZ).
A ABOZ
trabalha para que a prática da Ozonioterapia no Brasil possa ser realizada de
maneira legal, consciente, responsável e ética. Uma das prioridades da ABOZ é
garantir informação e formação de qualidade relacionada à Ozonioterapia,
devidamente embasada na experiência internacional e também nacional.
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