terça-feira, 19 de março de 2013

A ozonioterapia tem mais evidência científica no tratamento de úlceras crônicas, em especial em pacientes diabéticos"



por Alex Botsaris

A ozonioterapia é o tratamento feito com a utilização de ozônio, um gás formado por três átomos de oxigênio. Ele foi descoberto em 1840 por Schönbein, ao expor oxigênio a descargas elétricas. A ozonioterapia foi descoberta pelo Dr. Erwin Payr, médico e professor de cirurgia na Universidade de Leipzig, na Alemanha, que escreveu um trabalho intitulado "O tratamento com ozônio na cirurgia".
"A ozonioterapia tem mais evidência científica no tratamento de úlceras crônicas, em especial em pacientes diabéticos" Payr havia visto seu dentista usar ozônio para desinfetar as cavidades dentárias nos seus tratamentos e teve a idéia de usá-lo para reduzir a incidência de infecção no pós-operatório; um problema nesse tempo quando os antibióticos ainda não estavam disponíveis.
Sua conclusão foi que o ozônio auxiliava na prevenção de infecção. Nessa época já se conhecia o poder antimicrobiano do ozônio, mas o método ficou restrito a médicos alemães e austríacos.
A ozonioterapia ficou esquecida por muitos anos e só começou a ser mais falada e investigada a partir do surgimento da medicina ortomolecular, porque se descobriu que o ozônio é um potente estimulante dos sistemas antioxidantes endógenos, e tem potencial para prevenir várias doenças degenerativas que se caracterizam por uma atividade oxidativa elevada.
A ozonioterapia foi trazida para o Brasil na década de 1970 pelo médico Heinz Konrad, que até hoje aplica, e é um grande entusiasta do método. Para se fazer a ozonioterapia é necessário um aparelho de ozônio medicinal, que prepara misturas específicas de oxigênio e ozônio que são as preconizadas para fins terapêuticos.
Benefícios do ozônio
Além de estimular os sistemas antioxidantes endógenos o ozônio tem vários outros efeitos interessantes. Ele é um potente vasodilatador e melhora a curva de dissociação da hemoglobina com o oxigênio, melhorando a oxigenação tecidual, ele estimula a liberação de mediadores da imunidade como os interferons e citocinas, e também tem efeito direto sobre diversos agentes infecciosos como vírus, bactérias e fungos.
A ozonioterapia tem mais evidência científica no tratamento de úlceras crônicas, em especial em pacientes diabéticos, e no tratamento do *pé diabético. Além de alguns estudos clínicos comprovando esses resultados, a melhora é tão rápida e evidente, numa doença de prognóstico ruim, que já poderia estar num patamar mais validado e acessível para uso dos pacientes. Assim seu uso tem mostrado resultados também em outros problemas das artérias, como insuficiência vascular periférica e acidentes vasculares encefálicos do tipo isquêmico.
Os efeitos viricidas do ozônio são particularmente potentes sobre os vírus da hepatite B e C, e sobre o vírus herpes. Por isso seu emprego, ainda experimental tem sido feito em herpes zoster, herpes simples de repetição ou no tratamento de hepatites crônicas quando o tratamento convencional falhou e o paciente está evoluindo de forma desfavorável. Ainda são passíveis de ter resultados usando a ozonioterapia como tratamento adicional de suporte a síndrome da fadiga crônica, colites inespecíficas, osteomielite e outras infecções crônicas que estão respondendo mal aos antimicrobianos, e portadores de retinopaia diabética ou degeneração macular senil.
*Pé diabético: pequenas lesões nos pés de diabéticos que evoluem com infecção e necrose, em geral leva à amputação de parte da perna.
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Atenção! 
Esse texto e esta coluna não substituem uma consulta ou acompanhamento de um médico e não se caracterizam como sendo um atendimento

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