sábado, 24 de maio de 2014

Uso Médico Atual do Ozônio


Textos do original:
Propostas Terapêuticas Alternativas
Dr. Paulo Maciel

Com o desenvolvimento da pesquisa básica e, especialmente, a partir do conhecimento dos efeitos do ozônio no sistema imunológico e sistemas de oxidação e antioxidação celulares no metabolismo de hemoglobinas, a ozonioterapia passou de uma fase empírica de observação de seus resultados clínicos, cuja informação científica foi baseada em formatos de casuística, para uma formatação científica de melhor reconhecimento.

Diferente de outros produtos farmacêuticos o ozônio necessita ser preparado próximo ao local de sua utilização por seu limite de estabilidade, ou seja, ele volta a ser oxigênio em curto espaço de tempo.

O que o ozônio faz:

Desativa vírus, bactérias, fermentação, fungos e protozoários. Estimula o sistema imunológico. Limpa artérias e veias, melhora a circulação. Purifica o sangue e linfa. Normaliza a produção de hormônios e enzimas. Reduz inflamações. Reduz a dor, acalma os nervos. Para sangramentos. Previne o perigo de derrame. Melhora a função do cérebro e memória. Oxida toxinas, possibilitando sua excreção. Quelação de metais pesados, trabalha bem em conjunção com EDTA. Previne e reverte doenças degenerativas. Previne e elimina doenças do sistema imunológico. Diminui reações alérgicas.

O Ozônio pode ser usado inclusive a nível hospitalar e mesmo a nível de UTI nos pacientes que fazem infecções generalizadas (sepsis) porque não existe resistência tanto bacteriana quanto viral ao ozônio, já que ele reage oxidando a membrana celular ou a cápsula viral, induzindo assim à morte do agente patogênico. Pode, portanto, ser de grande valia nos casos graves, não possuindo nenhum efeito colateral remanescente.

Ozonioterapia: um “novo” tratamento, com uma longa tradição

O ozônio (O3) é um gás que se forma pela adição de um terceiro átomo à molécula de oxigênio, o que o torna muito mais ativo do ponto de vista bioxidativo em sua função biológica.

Essa forma alotrópica do oxigênio aparece em sua concentração máxima na região atmosférica localizada a cerca de 25 mil quilômetros da Terra, sendo a principal responsável pela formação da barreira que impede a entrada dos raios ultravioleta provenientes do Sol. Sem essa camada de ozônio existente na estratosfera não seria possível haver vida na Terra.

Na natureza, o ozônio pode ser gerado espontaneamente em tempestades com raios e também em fumaças em que estão presentes várias substâncias (especialmente compostos nitrogenados) que, sob a ação da luz ultravioleta, reagem com o oxigênio, propiciando sua formação. Como conseqüência dessas reações, o ozônio pode estar presente entre os gases poluentes. Entretanto, ele não é um gás poluente, como muitos erroneamente pensam. Mas, por ser de fácil mensuração, é considerado um indicador de poluição.

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Defesa imunológica

Embora o ozônio inalado seja agressivo para as vias aéreas superiores e os alvéolos pulmonares humanos, existem outras formas de se administrá-lo, as quais, ao longo de mais de um século de utilização, têm comprovadamente demonstrado um alto valor terapêutico.

Pesquisas recentes mostraram que o ozônio é naturalmente produzido no corpo humano a partir da ativação de anticorpos, atuando no processo de destruição de bactérias e vírus e, assim, contribuindo para o funcionamento do sistema de defesa imunológica do organismo.

Um tema que ficou famoso no Brasil recentemente foi a questão da “Auto-hemoterapia” e que após aparecer no Fantástico foi proibida em todo o Brasil, continua sendo válida para pessoas que começam a sentir os primeiros sintomas da gripe, em especial junto com a ozonioterapia (minor). Esta técnica aumenta o número leucócitos em até 4 vezes, melhorando em muito a imunidade da pessoa e muitas vezes cortando completamente a evolução natural da doença.

Histórico

Em 1801, Cruikschank descreveu o surgimento de um gás desconhecido durante o processo de eletrólise. Mas, só se pode considerar o gás ozônio como efetivamente descoberto em 1839, com a elaboração do trabalho de Schönbein, intitulado ”On the smell at the positive electrode during eletrolysis of water”.

Em 1857, Werner von Siemens desenvolveu o primeiro aparelho gerador de ozônio, com o qual realizou seus estudos iniciais sobre a ação desse composto em bactérias e germes e, posteriormente, em mucosas de animais e humanos. Cerca de 100 anos depois, Hänsler criou o primeiro equipamento médico que permitia a obtenção de dosagens relativamente precisas da mistura de oxigênio e ozônio, abrindo um grande leque para sua aplicação terapêutica.

Durante a I Guerra Mundial, soldados alemães feridos foram tratados com a utilização de ozônio.
Na década de 60, ele começou a ser usado no processo de tratamento de água, para a eliminação de fungos, bactérias e vírus, tornando-se o mais importante agente de limpeza e desinfecção. Esse processo passou a ser aplicado em grandes cidades, como Moscou, Montreal, Los Angeles, Cingapura, Helsinque, Bruxelas e em mais de 700 locais da França.

Sociedades:

Como o ozônio é um gás altamente reagente, o seu uso médico só pode ter um grande avanço após a descoberta de materiais que são resistentes a ele, tais como o silicone, kynar, teflon e outros.

Hoje, vários países da Europa, Ásia e Américas utilizam a ozonioterapia como tratamento médico e odontológico. Entre eles, pode-se citar a Rússia, México, Itália, Malásia, Alemanha, Japão, Espanha, Suíça, Chile, Peru, Argentina, Equador e alguns centros do Canadá e Estados Unidos. Cuba é um dos grandes países responsáveis pelo desenvolvimento e divulgação da ozonioterapia médica.

Existem várias sociedades de ozonioterapia médica, entre as quais se pode citar:

German Society of Ozonotherapy (1972)
Italian Society of Ozonetherapy – FIO (1984)
International Ozone Medical Society (1999)
Associação de Ozonioterapia Médica do Brasil (2004).

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Formas de utilização

Atualmente, a mistura de oxigênio e ozônio (95 partes de O2 para 5 de O3 até 99,5 de O2 para 0,5 de O3) é formada por inúmeros aparelhos geradores de ozônio produzidos em todo o mundo para uso médico e odontológico.

Esse gás pode ser utilizado sob diferentes formas:

Tópica – água ozonizada ou óleo ozonizado ou mesmo o gás diretamente aplicado sob o local desejado em forma de “bagging”
Injetável – subcutâneo, intramuscular ou ainda intra-articular
Auto-hemoterapia – maior e menor.
Inicialmente, a utilização da ozonioterapia baseava-se em observações empíricas dos resultados clínicos obtidos. Hoje, o seu uso é reconhecido cientificamente, devido aos trabalhos publicados em pesquisa básica sobre os seus efeitos no sistema imunológico e no sistema de oxidação e antioxidação celular da hemoglobina.

Sua ação viricida, bactericida e fungicida tem sido amplamente estudada, não só in vitro como in vivo.

Atualmente, a ozonioterapia constitui-se num importante arsenal terapêutico que pode ser aplicado em todas as especialidades da medicina, incluindo a odontologia. [9]

No Brasil existe uma entidade que estuda e regulamenta o uso do ozônio, inclusive dando formação sobre o seu uso para profissionais de saúde, a ABOZ (Associação Brasileira de Ozonioterapia)

A prática da Ozonioterapia no Brasil não é nova. Começou em 1975 e na década de 1980, ganhou mais adeptos e atraiu o interesse de algumas universidades. De 2000 para cá, os estudos ganharam corpo. Há seis anos, a PUC de Minas Gerais pesquisa a técnica em ratos. Da mesma época vêm os estudos na Santa Casa de Misericórdia, de São Paulo, com ratos e coelhos.

A terapia ganhou mais visibilidade de 2004 para cá, quando Santo André, no ABC Paulista, sediou a Primeira Conferência Internacional sobre Uso Medicinal do Ozônio. Em abril de 2006, em Belo Horizonte, especialistas de vários países realizaram o primeiro congresso internacional de Ozonioterapia. Além de atualizar informações, os médicos brasileiros aproveitaram para lançar as bases da Associação Brasileira de Ozonioterapia (ABOZ).


A ABOZ trabalha para que a prática da Ozonioterapia no Brasil possa ser realizada de maneira legal, consciente, responsável e ética. Uma das prioridades da ABOZ é garantir informação e formação de qualidade relacionada à Ozonioterapia, devidamente embasada na experiência internacional e também nacional.

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