CONTINUANDO A DIVULGAÇÃO DE TRABALHOS CIENTIFICOS SOBRE A UTILIZAÇÃO DE OZONIO PÚBLICAMOS NESTA EDIÇÃO O TRABALHO DE
Camila Maria Sene Sanchez
Camila Maria Sene Sanchez
A UTILIZAÇÃO DO OZÔNIO NA MEDICINA
E. A. Fish foi o primeiro a colocar em prática o uso do ozônio em sua clínicaodontológica. (BOCCI, 2005)
O doutor E. Payr, cirurgião, com a utilização do ozônio tratou de gangrenas e mais tarde provou a eficácia deste no tratamento cirúrgico. Posteriormente viria a ser o primeiro a injetar o gás via venosa, bem lentamente com sucesso. Infelizmente, pelo uso inapropriado do gás por indivíduos sem nenhuma prática, tanto na ozonioterapia como na própria medicina, acabaram por condenar o uso do ozônio em alguns países, após terem realizado a aplicação via venosa do gás indevidamente e provocando a morte de indivíduos por embolismo. (BOCCI, 2005)
O sucesso da ozonioterapia depende que a dose e a concentração de ozônio estejam corretas. Para que isso ocorra o gerador de ozônio deve estar sempre em manutenção e calibrado corretamente (BOCCI, 2005).
Os materiais utilizados para manusear o ozônio devem ser feitos de
componentes resistentes, como seringa de silicone. Atualmente existem lugares aonde materiais que não são resistentes ao ozônio são utilizados para esta terapia, gerando resultados questionáveis, e até não produtivos (OLIVEIRA, 2008).
A ozonioterapia não é baseada em homeopatia, mas sim na farmacologia, onde o ozônio age como uma droga real, que precisa ser usado com precisão.
As principais indicações da ozonioterapia na medicina são:
-Doenças infecciosas
-Doenças vasculares e isquêmicas
-Doenças oftálmicas
-Doenças ortopédicas
-Doenças dermatológicas
-Doenças pulmonares
-Doenças renais
-Doenças hematológicas
-Doenças neurodegenerativas
-Doenças auto-imunes
OZONIOTERAPIA NA MEDICINA VETERINÁRIA
O surgimento de outras opções de terapias para os animais deve-se
principalmente ao interesse veterinário em suprir as exigências dos animais pets e de seus proprietários, que muitas vezes adquirem esses como mais um membro da família, tanto os domésticos como os exóticos. A ozonioterapia veterinária vem discretamente dando pequenos passos em diversos países, aumentando seu campo de atuação, pois é economicamente viável, os tratamentos são menos
invasivos que os tradicionais, excelentes resultados na medicina humana e sem efeitos colaterais quando aplicada adequadamente.
O ozônio tópico mostrou ser eficiente contra dermatomicoses, osteomielites, feridas infectadas, fístulas e doenças do úbere de bovinos e equinos (SARTORI,1994).
Em Buenos Aires, o médico veterinário G. C. VIGLINO (2008), utiliza rotineiramente a ozonioterapia nas principais enfermidades que acometem os equinos com grande êxito; como exemplo: abcessos, sinusites, sinovites, inflamações, lesões teciduais, enfermidades isquêmicas vasculares como laminites agudas, linfangites e feridas.
A ozonioterapia em Cuba é uma das mais desenvolvidas, tanto na medicina humana quanto na veterinária onde já foram realizados tratamentos para enfermidades como a parvovirose canina através da autohemoterapia maior e para giardíase com a ingestão de óleo ozonizado, descritos por ZULLYT et.al (2008).
A, OGATA (2000), relata a aplicação intramamária de gás ozônio em mastite clínica de vacas leiteiras com sucesso.
Na Coréia entre diversos relatos, destaca-se o tratamento de hérnia discal em cães utilizando o guia fluoroscópico para a aplicação do gás (HAN et.al, 2007).
No Brasil a Universidade Federal de Uberlândia possui grande destaque desenvolvimento da ozonioterapia veterinária, publicando trabalhos que mostram o sucesso desta terapia nas mais diversas enfermidades que acometem os animais, destacando-se: (www.ozonimal.famev.ufu.br, acesso em 10/10/2008).
-Erliquiose canina utilizando autohemoterapia maior ozonizada de duas a trêsvezes por semana, totalizando 10 sesões para cura total.
-Habronemose rostral em uma égua: o tratamento foi realizado com ozonioterapia tópica de água e óleo e sistêmica com autohemoterapia. Houve gradativa formação de tecido de regeneração em substituição a pele necrosada, com rápida redução
da área afetada e decorridos dois meses de tratamento, a regeneração tecidual e cicatrização de quase toda a superfície lesada apontaram para a cura clínica do animal.
-Dermatofitose em cães: apenas com aplicação tópica de óleo e água por 40 dias.
-Dermatofitose em rãs: administração tópica de óleo e água, sendo que as lesões iniciais desapareceram na 2°semana.
-Efeito tóxico do ozônio em Camundongos através da inalação do gás ozônio.
-Tratamento de lesão entre boleto e canela de égua por arame farpado: com aplicação tópica de óleo e água ozonizados associados com insuflação de ozônio em bags.
Além de outros trabalhos como (www.ozonimal.famev.ufu.br, acesso em
10/10/2008):
-Avaliação da influência do ozônio sobre a microbiota do leite “in natura”
-Avaliação microbiológica do gás ozônio e da estufa a seco na esterilização de fios cirúrgicos.
-O ozônio na descontaminação bacteriana da água de bebedouros de bovinos.
-Influência do borbulhamento com ozônio sobre a microbiota bacteriana superficial e comportamento do carrapato. Boophilus microplus.
-Eficiência do borbulhamento com ozônio na esterilização de microrganismos aeróbios mesófilos de ogivas de estetoscópios.
-O gás ozônio na descontaminação de ambientes cirúrgicos.
-A avaliação das microondas e do ozônio na esterilização de garrafas descartáveis para cultivo celular.
-Avaliação microbiológica da eficiência do gás ozônio na esterilização de vacinas autógenas contra fibropapilomatose bovina.
-Valores biométricos em cães submetidos à terapia inalatória com gás ozônio.
-Análise microbiológica comparativa entre estufa à seco e gás ozônio na esterilização de materiais cirúrgicos.
-Estudo das alterações urinárias em cães submetidos à inaloterapia com ozônio.
-Avaliação microbiológica comparativa entre pastilhas de formol e gás ozônio na esterilização de instrumentais cirúrgicos.
-Eficiência da ozonização na redução de Pseudomonas fluorescens inoculadas em leite cru.
-Quantificação de ozônio no leite bovino “in natura”.
-Pesquisa de alterações oxidativas no leite bovino “in natura” ozonizado.
-Ação do borbulhamento dos gases ozônio e oxigênio sobre a redução de Staphylococcus aureus e Escherichia coli inoculados em carne de frango.
-Utilização da água ozonizada como tratamento alternativo para cistite em cães.
-Eficiência do ozônio na redução de bactérias aeróbias mesófilas em efluentes de matadouros frigoríficos.
-Características físico-químicas do leite bovino “in natura” submetido a diferentes tempos de ozonização.
-Influência da ozonização sobre as bactérias mesófilas, bolores e leveduras e staphylococcus coagulase positivo de salmouras para queijo.
-Efeito da autohemoterapia com sangue ozonizado no tratamento da anemia infecciosa equina.
-Eficácia da insuflação da mistura gasosa O2 e ozônio no tratamento da mastite subclínica em vacas em lactação.
-Influência do ozônio sobre a motilidade e mortalidade de carrapatos Boophilus microplus e Riphicephalus sanguineus.
-Ação da mistura oxigênio/ozônio na descontaminação bacteriana de tanques de piscicultura e sobre a fisiologia de rãs (Rana catesbeiana shaw).
-Avaliação da eficiência do ozônio na descontaminação bacteriana de tanques de piscicultura e sobre a fisiologia de peixes ornamentais da espécie mato grosso
(Hyphessobrecon serpae).
-Ação do ozônio sobre os térmites (cupins) em pastagens degradadas.
-Utilização da mistura oxigênio/ozônio na descontaminação de termômetros de uso veterinário.
-O gás ozônio na descontaminação de águas de esterilizadores de matadouros frigoríficos.
-Influência do ozônio na inibição da evaginação de cistos de Taenia saginata.
-Eficiência da ozonioterapia na regeneração de lesões cutâneas em eqüinos- relato de caso.
-Avaliação comportamental de baratas (Periplaneta americana) submetidas à mistura oxigênio-ozônio em ambiente fechado.
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