domingo, 5 de maio de 2013

Conheça a Ozonioterapia no Brazil, no Mundo e quais as prefeituras que já estao utilizando em suas redes públlcias..

Ozonioterapia Médica
O QUE É A OZONIOTERAPIA


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A Ozonioterapia é uma técnica que utiliza o ozônio como agente terapêutico em um grande número de patologias. É uma terapia natural, com poucas contra-indicações e efeitos secundários mínimos, se realizada corretamente. 

A descoberta e uso médico do ozônio data de 1840. O precursor do uso do ozônio foi Werner von Siemens, que em 1857 construiu o primeiro de tubo de indução para a destruição de microorganismos. 

O médico alemão Christian Friedrich Schonbein, durante a Primeira Guerra Mundial, difundiu o ozônio no tratamento de feridas em soldados, obtendo excelentes resultados. 

Em 1915, outro médico alemão Albert Wolf escreveu o livro sobre o uso medicinal com ozônio e durante mais de 50 anos, a Ozonioterapia ficou praticamente restrita à Alemanha e à Áustria. Somente à partir da década de 80 ela se expandiu para outros países. Esta expansão coincidiu com início das pesquisas de laboratório sobre a ação do ozônio, sobretudo com os trabalhos de Bocci na Itália. 

A dificuldade para medir um gás potencialmente tóxico, assim como a necessidade de se utilizar elementos de cristal resistente ao ozônio dificultaram a criação de geradores práticos, limitando seu uso. 

A descoberta da penicilina e de outros antibióticos fizeram que o Ozônio fosse afastado do uso na medicina tradicional dos anos 40 em diante. 

A prática da Ozonioterapia no Brasil não é nova. Começou em 1975 e na década de 1980, ganhou mais adeptos e atraiu o interesse de algumas universidades. De 2000 para cá, os estudos ganharam corpo. Há seis anos, a PUC de Minas Gerais pesquisa a técnica em ratos.Da mesma época vêm os estudos na Santa Casa de Misericórdia, de São Paulo, com ratos e coelhos. 

Em 1996, um projeto de pesquisa sobre o ozônio para fins médicos, veterinários e industriais foi criado no campus Alfenas da Universidade José do Rosário Vellano, a Unifenas. Estudos odontológicos realizados ali, como o tratamento bem sucedido de infecções no osso da mandíbula, que geralmente se resolve cirurgicamente, chegaram a ser apresentados em congressos no exterior. Coordenado pelo microbiologista João Evangelista Fiorini, professor aposentado da Universidade Federal de Alfenas, o chamado Prozônio tem realizado com êxito experiências em parceria com o hospital daquela universidade.

Em Cajamar, na Grande São Paulo, um requerimento aprovado na Câmara Municipal determina que a prefeitura passe a oferecer o serviço nos postos de saúde da cidade. A Prefeitura de Nova Lima, na Grande Belo Horizonte, também vem desenvolvendo projetos de aplicação relacionados à Ozonioterapia.

A terapia ganhou mais visibilidade de 2004 para cá, quando Santo André, no ABC Paulista, sediou a Primeira Conferência Internacional sobre Uso Medicinal do Ozônio. Em abril de 2006, em Belo Horizonte, especialistas de vários países realizaram o primeiro congresso internacional de Ozonioterapia. Além de atualizar informações, os médicos brasileiros aproveitaram para lançar as bases da Associação Brasileira de Ozonioterapia (ABOZ).

A ABOZ trabalha para que a prática da Ozonioterapia no Brasil possa ser realizada de maneira legal, consciente, responsável e ética. 

Uma das prioridades da ABOZ é garantir informação e formação de qualidade relacionada à Ozonioterapia, devidamente embasada na experiência internacional e também nacional.


Diversos Centros Universitários em Cuba, Europa, Russia, Polônia e China começaram a investigar os efeitos fisiológicos do ozônio no organismo e alguns Hospitais Universitários e Privados iniciaram estudos controlados de sua eficácia.

Pouco a pouco os sistemas sanitários foram autorizando e regulando a aplicação desta terapia na medicina tradicional. 

Na Espanha, sua utilização teve início nos anos 60. Mas, o crescimento de seu uso dentro da medicina alopática, aconteceu em 1999 quando alguns especialistas passaram utilizar o Ozônio no tratamento da hérnia de disco. 

A Ozonioterapia é reconhecida como um método médico terapêutico aceito e válido como tratamento principal ou adjuvante pelo Ministério da Saúde na Alemanha, Itália e em outros 16 países. Cuba conta com 39 Centros Clínicos de Ozonioterapia, e na Rússia é utilizada em todos os Hospitais Governamentais.

Atualmente aproximadamente 10.000 médicos utilizam este método na Europa.

PRP OZONIZADO

Mais recentemente um método de uso de ozônio em conjunto com o notável em prego do Plasma Rico em Plaquetas (e todos os seus correlatos) vem se provando de extrema valia como terapêutica no campo da odontologia (implantodontia), medicina (principalmente nas áreas da cirurgia plástica, na estética, no tratamento de feridas e queimaduras, na reumatologia e na traumato-ortopedia) e medicina veterinária em geral. 

O PRP é preparado a partir do sangue do próprio paciente (processo autólogo) e pode ser empregado em numerosas situações, como, por exemplo, implantes dentários, tratamentos peri-operatórios de lesões ósseas com espaço entre as extremidade e fraturas graves cominutivas (em que há múltiplos fragmentos e se precisa que o organismo “crie” osso novo), ou procedimentos ambulatoriais de infiltração de articulação em disfunção têmporo-mandibular (doenças da ATM), cervicalgia e lombalgia relacionadas a compressão radicular e doenças dos discos intervertebrais ... e numerosas outras situações clínicas.

São elaborados os preparados de sangue que, mediante centrifugação conforme protocolos estudados, resultam na obtenção do concentrado de plaquetas (PRP) na forma de amostra líquida, gel ou lâmina, e, ao final, se procede a ativação adicional com ozônio – o que vem provando resultados ainda mais animadores sobre o método.

Sob muitos aspectos o uso de PRP e dos seus derivados é uma das melhores promessas de caminho para as pesquisas da medicina moderna – indicando que esta forma de auto-hemoterapia poderá ser a resposta para muitas enfermidades e condições médicas que ainda não contam com tratamento oficialmente estabelecido.


O Conselho Federal e Medicina – órgão máximo de fiscalização da classe médica – costuma deter a palavra final quando as questões sobre novos tratamentos são remetidas à aprovação do Ministério da Saúde. Nem todas as vezes, mas na maioria delas, é consultado e tende a influenciar a aprovação ou não de novos métodos de tratamento – no âmbito da Medicina. 

Para a sua tomada de decisão influem desde questões financeiras e interesses defendidos por pesquisas internacionais publicadas em bases de daos e revistas científicas tradicionalmente vistas como idôneas e dignas de referência, como aquilo que defende o órgão governamental norte-americano Food and Drug Adminstration (FDA), e o que o próprio Governo Brasileiro define como protocolos aceitáveis em saúde. Em tese, são aceitos pelo CFM os métodos terapêuticos que têm embasamento científico suficiente, e que tem o potencial para tratar doenças sem oferecer riscos, ou que contam com contra-indicações e efeitos adversos suficientemente estabelecidos. Em tese, CFM, ANVISA, Ministério da Saúde e Governo têm o interesse maior de defender a população, e têm como motivo maior a saúde pública.

A Ozonioterapia, apesar do seu extremo baixo custo, e dos inúmeros benefícios que vem provando (em diversos trabalhos de pesquisa, principalmente europeus) que pode oferecer, ainda não faz parte oficialmente da relação dos tratamentos efetivamente reconhecidos pelo CFM, não havendo, entretanto, restrição formal – na forma de lei que impeça – ao seu uso como procedimento experimental ou coadjuvante no tratamento de pacientes. 

A confiança da ABOZ é que o futuro irá fazer justiça ao método. Longe de ser uma panacéia, o ozônio tem provado que pode ser utilizado em tratamentos de um grande número de afecções. Graças às suas propriedades seletivas, é utilizado em diferentes campos, algumas vezes como viga mestra do tratamento, outras com mero coadjuvante nos tratamentos doenças de ordem circulatórias, inclusive geriatria; doenças produzidas por vírus, como hepatite e herpes; feridas e processos inflamatórios, úlceras abertas na pele, inflamações intestinais, queimaduras, feridas infectadas, infecções por fungos e outras; condições inflamatórias e reumáticas.

Embora a técnica seja pouco conhecida no Brasil, a Associação Brasileira de Ozonioterapia (ABOZ) enviou documentos para o Conselho Federal de Medicina, para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e para o Ministério da Saúde, solicitando o reconhecimento da ozonioterapia como um procedimento médico.

A ozonioterapia poderia reduzir em até 80% a taxa de amputação de membros de pacientes com gangrena diabética e diminuir até 25% os custos no tratamento de feridas crônicas. “A estimativa é de redução em até 30% do custo do SUS no tratamento de patologias como hepatites crônicas e hérnias de disco”, informa a médica e diretora da Aboz Emília Serra.

Atualmente, a técnica é reconhecida pelo Sistema de Saúde da Alemanha, da Suíça, da Itália, de Cuba, da Ucrânia, da Rússia, da Espanha, da Grécia, do Egito e da Austrália, além de ser praticada em 15 estados dos Estados Unidos. De acordo com Emília, são realizados, aproximadamente, 10 milhões de tratamentos com ozônio no mundo, todos os anos. “Nos países em que o uso medicinal do ozônio é reconhecido, houve redução de 27% no consumo total de antibióticos e de 22% no consumo de analgésicos opioides e não opioides”, acrescenta a médica.

Um dos beneficiados do tratamento, o médico oftalmologista Ricardo Guimarães, após um acidente de avião, tratou as queimaduras do corpo com a ozonioterapia.“Como o tratamento não era recomendado pela maioria dos médicos brasileiros, eu não considerei a opção por muitos anos, até que uma colega oftalmologista me fez a sugestão”, recorda. Guimarães diz que ficou impressionado com a simplicidade e com os resultados, o que o levou à decisão de aplicar a técnica. Segundo ele, o primeiro impacto foi maior bem-estar, seguido pelo sucesso das cirurgias de enxerto de pele que fazia freqüentemente.

Segundo o oftalmologista, a ozonioterapia tem dois defeitos graves e que diminuem as chances de sucesso em um sistema de saúde voltado para a venda de produtos. “Primeiro, não permite patentes e, segundo, não pode ser empacotado para venda em farmácias, pois tem que ser produzido na hora”, opina. Para ele, essas peculiaridades da técnica não geram interesse de lucro para os laboratórios. “É uma pena que nossas autoridades não compreendam o valor da ozonioterapia.” O médico acha que, se o Brasil adotasse a técnica, obteria como efeito imediato a melhora de resultados nos tratamentos de condições crônicas como artrite reumatóide e outras doenças debilitantes.

REFERENCIAS

http://www.aboz.org.br/
http://www.ozonio.med.br/
http://www.ozonizando.comom.br/